Tom Cleverley (Manchester United FC)

Durante o longo reinado de Alex Ferguson no Manchester United, o plantel já foi alvo de uma profunda restruturação por várias ocasiões. Esta é a prova inequívoca da competência e da qualidade do trabalho desenvolvido pelo manager escocês e sua equipa técnica. Eric Cantona, David Beckham, Roy Keane, Laurent Blanc, Gary Neville, Paul Scholes e Van Der Sar foram peças fundamentais dos Red Devils: os quatro primeiros foram substituídos muito satisfatoriamente e a saga vitoriosa continuou. Para os restantes ainda não temos respostas, mas as garantias parecem existir.

Tom Cleverley assume-se como o homem do leme da nova vaga de jogadores chegados ao Manchester United. Phil Jones, Chris Smalling, Danny Welbeck, Fabio e Rafael são os restantes de um lote que tem mostrado vontade e talento. Cleverley foi aposta no jogo da Supertaça diante do Manchester City (3-2 para o Man Utd) e nas duas primeiras jornadas da Premier League, somando outras duas boas exibições e uma excelente assistência para Welbeck, que brindou Old Trafford com uma actuação de alto calibre.


Nome: Thomas William Cleverley
Nascimento: 12/08/1989 (22 anos)
Naturalidade: Basingstoke - Inglaterra
Altura: 175 cm
Peso: 70 kg
Posição: Médio-Centro
Clube: Manchester United FC - Inglaterra
Percurso: Bradford (2004-2005); Man Utd (desde 2005): empréstimos ao Leicester City (2008/2009); Watford (2009/2010); Wigan (2010/2011)
Nº Camisola: 23


O interesse de Alex Ferguson em Tom Cleverley foi precoce e imediato. Depois de fazer algumas partidas com a camisola do Bradford, seu primeiro clube, o Man Utd decidiu adquirir o passe do jogador, quando este tinha apenas 12 anos. Por isso, é justo dizer que o verdadeiro clube de formação desta jovem promessa acabou por ser o emblema de Manchester. Ferguson reclamou recentemente o mérito e a responsabilidade de ter moldado o carácter e o temperamento de Cleverley.

A afirmação nos Red Devils foi lenta, porém consistente. Passou por todos os escalões de formação, mas foi nas reservas que se notabilizou, sendo nomeado para melhor jogador das reservas do Man Utd e tendo ganho a braçadeira de capitão da equipa. Como prémio, Tom Cleverley foi chamado aos seniores e estreou-se frente ao Kaiser Chiefs, numa partida disputada na África do Sul. Logo aí, o jovem jogador marcou um golo.

Os anos seguintes, como manda a regra, foram marcados por empréstimos que possibilitaram a utilização regular do jogador. No Leicester, 15 presenças e 2 golos; no Watford, 33 jogos e 11 golos; no Wigan, 25 partidas e 4 golos.

No plano internacional, Tom Cleverley foi uma arma fundamental no plantel sub-20 e sub-21, tendo marcado dois golos no último escalão. Recentemente, o jovem jogador foi chamado ao plantel principal da selecção inglesa, mas devido aos confrontos sociais no país, a partida frente à Holanda acabou por ser cancelada e a sua estreia adiada. No entanto, Fabio Capello voltou a chamá-lo para os dois próximos jogos da Inglaterra frente à Bulgária e ao País de Gales, podendo o jovem somar os primeiros minutos com a camisola de Sua Majestade ao peito.


Vídeo:

Paul Scholes pendurou as botas no último defeso e lançou o alarme em Old Trafford. Muito se falou sobre quem seria o seu substituto, não se encontrando grandes alternativas viáveis no mercado, além de Samir Nasri e Wesley Sneijder. No entanto, como os primeiros jogos comprovam, a solução imediata e mais económica provou estar dentro das fileiras do clube. A questão que se impõe é: a longo prazo, poderá Thomas Cleverley fazer esquecer Paul Scholes?

Bruno Tomé
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Ola John (FC Twente)


Quem assistiu ao play-off de acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões entre o Benfica e o Twente, certamente teve o prazer de apreciar a qualidade de um jovem extremo que era praticamente desconhecido por muitos de nós. Ola John, a par de Bryan Ruiz, foi um dos jogadores da formação holandesa em maior evidência nos dois jogos da eliminatória e, não fossem as belas exibições dos encarnados e a persistência de Co Adriaanse em lançá-lo apenas nas segundas partes, provavelmente o jovem tivesse causado mais estragos a Maxi Pereira e, consequentemente, ao Benfica.

Ola é o elemento mais novo da família John que viu perder o seu chefe de família durante a Primeira Guerra Civil da Libéria. Devido a isto, Ola mudou-se muito cedo para a Holanda com a sua mãe e os seus dois irmãos Collins e Paddy – também eles jogadores do Fulham e Osnabruck, respectivamente – onde iniciaria a sua carreira de futebolista na academia do Twente.


Nome: Ola John
Nascimento: 19/05/1992 (19 anos)
Naturalidade: Zwedru - Libéria
Altura: 180 cm
Peso: 80 kg
Posição: Extremo
Clube: FC Twente - Holanda
Percurso: Twente
Nº Camisola: 24


Chegado à equipa principal na temporada passada com apenas 18 anos, Ola John rapidamente demonstrou ser um bom joker para Michel Preud'homme lançar nas segundas partes. Dono de uma grande velocidade, Ola aproveitava o desgaste dos adversários para acelerar o jogo ofensivo do Twente e criar rasgos nas defensivas contrárias. Terminaria a época com um total de 13 participações e um golo no campeonato holandês, participando também em três partidas para a Liga Europa.

No início da nova temporada, com a chegada de Co Adriaanse ao comando técnico do Twente, adivinhava-se que Ola John perdesse espaço no plantel principal. Contudo, mesmo com uma forte concorrência no ataque (Bryan Ruiz, Luuk de Jong, Marc Janko e Emir Bajrami), o jovem internacional pelos sub-19 da Holanda tem vindo a acumular créditos, sendo já uma arma secreta do novo técnico. Apesar de ainda não ter conquistado a titularidade, Ola tem actuado com regularidade nestes primeiros encontros do Twente.

Pelos dois jogos frente ao Benfica, deu para perceber que Ola John é um extremo com muito potencial e com capacidade para deixar a sua marca no futebol holandês. Tal como havia acontecido no primeiro jogo, a entrada do extremo na partida da Luz deu um novo ânimo ao futebol de ataque do Twente, voltando a ser um autêntico quebra-cabeças para a defensiva encarnada devido os seus slaloms. Apesar da vitória encarnada ter sido indiscutível, Jorge Jesus bem pode agradecer a Co Adriaanse por apenas o ter lançado no decorrer da segunda parte…

Pedro Nogueira
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Zé Luís (SC Braga)

Cinco anos após o conturbado caso Mateus que tanta polémica criou entre o Gil Vicente e o Belenenses e que ditou a descida da turma gilista ao segundo escalão, eis que a formação barcelense está de regresso à primeira liga. Esta tão ambicionada subida acabaria por ter uma participação fundamental do talentoso Zé Luís, o que atraiu a atenção do Sp. Braga que tratou logo de garantir o concurso de um avançado que irá dar certamente que falar no futuro.

Tendo nascido num país onde o futebol ainda está a dar os primeiros passos para se tornar um desporto mais profissional, tendo em conta que os recursos e a qualidade ainda são um bem algo escasso, Zé Luís deu nas vistas num torneio realizado em Lisboa quando representava a selecção jovem cabo-verdiana, com os responsáveis do Gil Vicente a mostrarem interesse no atleta do FC Batuque. Ainda com idade de júnior, o jovem chegaria ao nosso país com a esperança de conseguir evoluir e chegar a um patamar futebolístico que até há bem pouco tempo parecia quase utópico dadas as gritantes diferenças de condições oferecidas pelos dois países para a prática do desporto-rei.


Nome: José Luís Mendes Andrade
Nascimento: 24/01/1991 (20 anos)
Naturalidade: Nossa Senhora da Conceição - Cabo Verde
Altura: 183 cm
Peso: 81 kg
Posição: Avançado
Clube: SC Braga
Percurso: Académica de Fogo (2008), FC Batuque (2009), Gil Vicente (2009-2011), Sp. Braga (desde 2011)
Nº Camisola: 29


Este passo ascendente na sua carreira revelar-se-ia bastante acertado, com o jovem a mostrar as razões que levaram os galos a apostarem nele. Principal figura da equipa júnior gilista, onde apontou 27 golos, Zé Luís seria lançado pelo técnico Paulo Alves para a recta final da época 2009/2010, continuando a demonstrar na formação sénior a apetência para alvejar as balizas contrárias, apontando quatro golos em cinco partidas.

O início promissor na turma de Barcelos permitiu ao cabo-verdiano ganhar pontos junto do treinador, que resolveu incluí-lo no plantel para atacar a subida à primeira divisão. O atacante não defraudaria as expectativas concedidas por Paulo Alves e seria mesmo uma peça fundamental para que o Gil Vicente atingisse o seu grande objectivo, marcando doze golos, apesar de ter estado algum tempo fora de combate por limitações físicas.

Jogador com enorme margem de progressão, Zé Luís acabaria por aguçar o apetite de alguns clubes, com o Sp. Braga a antecipar-se à concorrência e a adquirir um atacante que se caracteriza pela sua velocidade, pela forte impulsão e pela facilidade de remate que apresenta.

Protegido por uma cláusula de rescisão de quinze milhões de euros, o jovem encontrou uma concorrência feroz no ataque arsenalista, devendo esta temporada servir de aprendizagem e de evolução, tendo companheiros como Nuno Gomes, Meyong ou o recém-contratado Carlão. Com uma lesão no pé esquerdo que o inviabilizará de fazer parte das escolhas de Leonardo Jardim durante os próximos meses, espera-se que Zé Luís regresse com o fulgor com que terminou a temporada passada e justifique a aposta da direcção braguista.

Filipe Jesus
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Joel Campbell (Arsenal FC)


Embora as últimas temporadas do Arsenal não se caracterizem por serem repletas de títulos, tudo continua igual na formação londrina. Se Arsène Wenger se mantém de pedra e cal no comando dos Gunners, a política de contratações também não dá sinais de se poder alterar. Jogadores jovens e com elevado grau de progressão continuam a ser o principal alvo do manager francês. Os mais críticos dizem que, por este caminho, o Arsenal não vencerá novamente a Premier League e não entendem o motivo de Wenger não aplicar mais dinheiro no mercado e em contratações sonantes, dado que o Arsenal está muito estabilizado financeiramente e não possui compromissos salariais milionários.

O novo diamante (à espera de ser limado) do Arsenal chama-se Joel Campbell e deu muito que falar na última Copa América, marcando dois golos diante da Bolívia. Velocidade, técnica e imprevisibilidade parecem ter sido factores preponderantes para a aposta na sua contratação. Adivinham-se alguns meses dedicados à adaptação do costa-riquenho a um campeonato e a uma realidade completamente distintas do que já experienciou, mas Arsène Wenger já foi capaz de provar várias vezes que sabe dar conta do recado.


Nome: Joel Nathaniel Campbell Samuels
Nascimento: 26/06/1992 (19 anos)
Naturalidade: San José - Costa Rica
Altura: 178 cm
Peso: 72 kg
Posição: Avançado
Clube: Arsenal FC - Inglaterra
Percurso: Saprissa (2009-2011): empréstimo ao Puntarenas (2011); Arsenal (desde 2011)
Nº Camisola: -


No mundo do futebol, Joel Campbell ainda é um recém-nascido. A sua carreira acaba de entrar no terceiro ano e quem chega ao gigante Arsenal logo nas primeiras temporadas como jogador profissional, terá que possuir algumas virtudes no que toca ao desporto-rei. A jovem promessa iniciou a carreira no Deportivo Saprissa, clube do seu país natal. No primeiro ano foi emprestado ao Puntarenas. Em ambas as formações teve poucas oportunidades e não há registo de qualquer golo ao serviço destes dois clubes.

Visto isto, o que explica o interessa do Arsenal? Nada mais do que as incríveis prestações de Joel Campbell ao serviço da sua selecção. Com oito golos em nove jogos nos sub-17, dez golos em treze partidas nos sub-20 e dois golos em seis jogos nos AA, este jovem jogador parece ganhar outra vida quando representa o seu país.


Vídeo:

Nas palavras de Arsène Wenger, "Joel Campbell já mostrou ser um jogador de muita habilidade, além de ter jogado bem pela selecção mesmo sendo jovem". Pois bem, cinco anos de contrato com os Gunners e a rejeição das propostas da Fiorentina e do Sevilha deverá indicar que o valor da transferência (apesar de não revelado) foi significativo. Mais um risco de Wenger. Será que dará certo?

Bruno Tomé
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Thiago Alcântara (FC Barcelona)

Não há dúvidas de que a cantera do Barcelona é uma das melhores escolas de futebol do mundo. Prova disso são os últimos sucessos da equipa principal – considerada por muitos como a melhor equipa de todos os tempos – que tem como base jogadores formados no próprio clube e que, para além de sustentarem a formação catalã, são também pilares importantes na Espanha de Vicente del Bosque. Nomes como Valdés, Puyol, Busquets, Pedro, Xavi ou Iniesta, são já do conhecimento de todos, como tal apresentar-vos-ei um outro jogador que tem tudo para brilhar ao mais alto nível nos próximos tempos. Falo-vos de Thiago Alcântara, um jovem que fez uma pré-época sensacional e que lhe valeu a estreia pela selecção A espanhola.

Filho de Mazinho, campeão do Mundo em 1994 pelo Brasil de Romário e Bebeto, Thiago nasceu em Itália, perto de Bari, quando o seu pai ainda jogava no futebol transalpino. Iniciou a carreira ainda muito cedo nos brasileiros do Flamengo e aos cinco anos voltava a mudar de país, desta vez para Espanha. Enquanto Mazinho ia brilhando no Celta de Vigo, o seu filho mais velho, Thiago Alcântara, treinava-se num outro clube galego: o Ureca. Terminada a carreira de Mazinho, a família regressou ao Brasil em 2001 e o jovem voltaria ao Flamengo. Quatro anos volvidos e nova mudança para Espanha, desta vez para Thiago assinar pelo Barcelona.


Nome: Thiago Alcántara do Nascimiento
Nascimento: 11/04/1991 (20 anos)
Naturalidade: San Prieto Vernotico, Bari - Itália
Altura: 172 cm
Peso: 71 kg
Posição: Meio-Campo
Clube: FC Barcelona - Espanha
Percurso: Flamengo (1995-1996 e 2001-2005), Ureca (1996-2001), Barcelona (desde 2005)
Nº Camisola: -


Esta vida nómada e o facto de se ter que adaptar constantemente a diferentes culturas, seguramente que não foram nada benéficos para o crescimento do jovem. A chegada à Catalunha viria a estabilizar em definitivo a sua vida e com isso o verdadeiro talento de Thiago Alcântara veio ao de cima. La Masia (centro de treinos do Barcelona) foi o palco onde o jovem começou a incutir a cultura de jogo blaugrana, sendo que em 2007 começou a ser presença assídua na equipa B, na altura comandada por Pep Guardiola.

A 17 de Maio de 2009 estreou-se na La Liga frente ao Maiorca, mas só na época 2010/2011 é que se impôs em definitivo no plantel principal. Ao longo da época participou em 17 partidas com a camisola dos catalães (entre as quais uma para a Liga dos Campeões), contribuindo com três golos e outras tantas assistências.

Mas foi ao serviço da selecção espanhola, no Europeu sub-21 realizado este ano na Dinamarca, que o jovem fez correr tinta por toda a imprensa internacional. Thiago, que já havia sido eleito melhor jogador do Europeu sub-17 em 2008, voltou a destacar-se no torneio em solo escandinavo, marcando inclusive um golaço que permitiu à Espanha derrotar na final a Suíça por 2-0 e sagrar-se campeã. Esta excelente prestação do jovem foi condecorada com o prémio de melhor jogador do torneio e com a renovação do contrato com o Barcelona até 2015, aumentando a cláusula de rescisão para 90 milhões de euros.

Thiago Alcântara joga como médio ofensivo onde tira proveito de toda a sua genialidade para fazer com a bola coisas quase impossíveis. Com o futebol brasileiro e espanhol a correr-lhe nas veias, o jovem destaca-se pela sua técnica, controlo de bola e visão de jogo, revelando-se um autêntico mágico com o esférico nos pés. Apesar de dotado tecnicamente, não é um jogador que abuse da finta, tendo a capacidade de decidir muito bem quando deve partir para lances individuais ou quando deve endossar a bola aos colegas de equipa. A sua meia distância também é muito forte, tendo apontado já vários golos de levantar o estádio.


Vídeo:

Com um meio-campo do Barcelona composto por Busquets, Xavi e Iniesta (podendo ainda chegar Fàbregas), é quase uma certeza que não será este o ano em que o jovem Thiago Alcântara agarrará a titularidade, a menos que algo de imprevisível acontece a um destes três elementos. Contudo, e face à excelente pré-temporada que Thiago tem realizado, é de esperar que Pep Guardiola aposte no pequeno prodígio nas partidas em que pretenda dar descanso aos habituais titulares, no sentido de lhe dar mais experiência e competitividade para que no futuro se torne no maestro do meio-campo dos blaugrana e da La Furia espanhola.

Pedro Nogueira
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Ideye Brown (FC Dinamo Kiev)

Após vários anos de autêntico domínio do futebol ucraniano, para além de boas campanhas nas provas europeias, o Dinamo Kiev tem sido superado nos últimos tempos pelo Shakhtar Donetsk a nível interno. Para inverter este cenário, a equipa da capital garantiu Ideye Brown, um avançado que tentará contribuir com golos para que esta potência ucraniana volte aos seus anos aúreos.

Revelado pelo Bayelsa United e pelo Ocean Boys, duas formações do seu país, Brown entraria no futebol europeu através dos suíços do Neuchâtel Xamax, que entenderam estar perante um atleta com atributos bastante interessantes, que poderiam ser aperfeiçoados numa conjuntura futebolística bem mais rica a nível qualitativo.


Nome: Ideye Aide Brown
Nascimento: 10/10/1988 (22 anos)
Naturalidade: Lagos - Nigéria
Altura: 180 cm
Peso: 70 kg
Posição: Avançado
Clube: FC Dinamo Kiev - Ucrânia
Percurso: Bayelsa United (2003-2006); Ocean Boys (2006-2007); Neuchâtel Xamax (2007-2009); Sochaux (2009-2011); Dinamo Kiev (desde 2011)
Nº Camisola: 11


Em território helvético, o avançado desatou a marcar golos e a tornar-se um dos destaques do campeonato, especulando-se que o jovem não tardaria a mudar-se para uma liga com outra projecção. Assim, e após um percurso espectacular na equipa suíça, onde deixou um registo invejável de tentos, Brown assinaria em Janeiro de 2010 pelo Sochaux, significando esta transferência mais um passo rumo à sua afirmação no Velho Continente.

Nesta sua nova etapa, o nigeriano comprovou todas as expectativas criadas em seu redor, deixando de imediato a sua marca no campeonato francês. A temporada transacta seria mesmo coroada de êxito tanto a nível colectivo como a nível individual, dado que os seus impressionantes quinze golos foram fundamentais para o regresso do seu clube às competições europeias.

Constituindo uma temível frente de ataque com o maliano Modibo Maiga (juntos marcaram 50% dos golos da equipa), o jovem demonstrou de forma inequívoca o seu faro apurado pelo golo, revelando-se ainda um atacante bastante móvel e com um admirável jogo de cabeça.

Esta amostra de inegável talento que patenteou nos relvados gauleses valeu-lhe a transferência para o Leste da Europa, com o Dinamo Kiev a desembolsar oito milhões para garantir esta pérola africana. Na capital ucraniana, Brown não demoraria a mostrar o seu venenoso "killer instinct", marcando dois golos na estreia e deixando, desde logo, água na boca dos seus novos adeptos.


Vídeo:

Ocupando o segundo lugar da lista de melhores marcadores da prova, o avançado acalenta que o sucesso que atingiu no Sochaux e a boa impressão que tem deixado neste novo desafio na Ucrânia lhe permita ser uma aposta mais consistente do seleccionador nigeriano, após ter estado presente no Mundial 2010 mas onde acabaria por não ter qualquer minuto de utilização.

Filipe Jesus
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Ji Dong-Won (Sunderland AFC)

O futebol asiático tem crescido a grande velocidade nos últimos anos. As selecções deste continente começam a efectuar boas classificações nas provas internacionais, com destaque para o brilhante 4º lugar alcançado pela Coreia do Sul no Mundial de 2002. E é a Coreia do Sul, a par do Japão, que tem fornecido mais talentos ao mundo do futebol. Park Ji-Sung é talvez o expoente maior do futebol coreano, actuando há alguns anos no Manchester United e servindo de inspiração para milhares de jovens asiáticos.

Ji Dong-Won não esconde que pretende seguir as pisadas de Park Ji-Sung, que abandonou recentemente a selecção coreana para se concentrar em pleno nas competições em que estarão envolvidos os Red Devils. O primeiro passo está dado: o jovem avançado convenceu Steve Bruce e alinhará na Premier League na temporada de 2011/2012. Alto, forte e rápido, este jovem coreano poderá ser a médio prazo uma das pérolas dos Black Cats e da Coreia do Sul.


Nome: Ji Dong-Won
Nascimento: 28-05-1991 (20 anos)
Naturalidade: Jeju City - Coreia do Sul
Altura: 187 cm
Peso: 78 kg
Posição: Avançado
Clube: Sunderland AFC - Inglaterra
Percurso: Gwangyang Jecheol High School (2007-2009): empréstimo ao Reading FC (2007/2008); Chunnam Dragons (2010/2011)
Nº Camisola: -


A chegada ao Sunderland não é a primeira experiência de Ji Dong-Won no futebol inglês. Na temporada de 2007/2008, o Reading decidiu garanti-lo por empréstimo, mas a prestação do jovem jogador não convenceu. Nem uma única presença e regresso imediato ao clube de origem.

No entanto, esta tentativa frustada não intimidou Ji Dong-Won. Os Chunnam Dragons, formação da K-League (1ª divisão sul-coreana), adquiriram o seu passe e não se devem ter arrependido. Logo na primeira temporada, a jovem promessa facturou 13 golos em 29 jogos, tornando-se no melhor marcador da Korean FA Cup. Nesta temporada, somando um punhado de boas exibições, Ji Dong-Won apenas teve tempo de realizar 15 jogos, pois o regresso a Inglaterra era uma realidade. Destino: Sunderland.

Steve Bruce, antigo adjunto de Alex Ferguson, não escondeu a admiração pelas capacidades do atleta, depois da sua brilhante prestação na recente Asian Cup. Estreando-se na selecção principal do país, o jovem jogador marcou 4 golos e fez duas assistências em apenas 6 jogos. Os seus primeiros 6 jogos como internacional!

No clube inglês, Ji Dong-Won tem realizado uma boa pré-temporada, fazendo a sua estreia diante do Arminia Bielefeld, numa competição amigável realizada na Alemanha. O primeiro golo, também num jogo não oficial, surgiu frente à formação do Darlington.


Vídeo:

A saída de Darren Bent para o Aston Villa abriu um fosso no ataque do Sunderland, que ficou exclusivamente entregue a Asamoah Gyan. Fraizer Campbell, apesar do seu reconhecido valor, tem defrontado alguns problemas com lesões. Connor Wickham, outra promessa do futebol britânico, encontra-se também na luta por uma vaga, mas Ji Dong-Won parece estar a ganhar vantagem. Sorte? De nada valerá se Ji Dong-Won não provar o seu valor desde já!

Bruno Tomé
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